Calamidade pública continua, mas a escola abre
Você que é agente de organização escolar deve estar sabendo que a partir de amanhã a escolas vai abrir de segunda a sexta-feira, sem horário reduzido, sem rodízio de funcionários… Em fim, a pandemia acabou milagrosamente, não existe mais corona vírus e vão abrir as portas da escola como se estivessem abrindo as portas da esperança.
Entre os motivos para abertura da escola estão: busca ativa, atendimento ao público, rematrícula, entre outros. A rematrícula pode ser feita pelo responsável através da internet, entretanto, assim como as atividades escolares, a rematrícula não está sendo feita online por quase ninguém, teremos uma semana com filas e aglomerações no guichê da escola, porém como não existe mais a corona vírus não devemos nos preocupar…
Você deve pensar “se não tem mais doença e vão abrir a escola acabou a calamidade pública”, só que não, no mesmo dia que saiu o comunicado de retorno as atividades presenciais nas escolas, saiu a prorrogação da quarentena até a metade de novembro, mas porque isso?
A resposta é muito simples, se o governo terminar com a calamidade pública, todas as atividades consideradas não essenciais “inclusive atendimento escolar” devem retornar imediatamente, isso não seria muito problema para o governo, mas acabando a calamidade pública os concursos voltam a funcionar, com nomeações, e isso o governo não quer de maneira nenhuma! Ele tem aprovados do concurso de oficial administrativo da SEDUC para nomear, aprovados no concurso da SAP, segunda chamada de Agentes de Organização Escolar, e o Doria está se agarrando nessa “calamidade pública” que nada mais é uma coisa, sim coisa mesmo! Não há uma palavra para substituir essa calamidade pública do Doria, é uma coisa inventada para que não haja nomeações, e outros gastos com funcionários públicos, uma maneira de não pagar as férias, o décimo terceiro, em fim, uma forma de prejudicar o funcionário público e os aprovados em concurso.
E vejamos a total contradição, a escola não foi enquadrada como serviço essencial, pois se fosse o governo teria que fazer nomeações no setor da Educação, e não poderia dar férias no meio da pandemia sem pagar do 1/3, portanto toda vez que o estado de calamidade pública era adiado a escola sempre estava no meio, e agora vemos a calamidade pública ser prorrogada e ao mesmo tempo a ordem de abrirem a escola a partir de amanhã sem falta, inclusive com todo quadro de profissionais promovendo aglomeração, e única ressalva é o funcionário em grupo de risco, que só existe com funcionário efetivo, o servidor temporário nem pode falar que é do grupo de risco que será desligado.
O João Doria tem a convicção total que os funcionários públicos são uns verdadeiros palhaços, desde quando esse cidadão assumiu o governo ele vem enrolando os funcionários e os aprovados em concurso, primeiro ele suspendeu concursos já autorizados, e isso antes da pandemia, estamos falando de 2019 aqui, depois começou com desculpas de falta de dinheiro para chamar dos concursos vigentes, ficou num enrolação total para homologar os concursos de 2018. Quando chegou em 2020 veio a pandemia, caiu no colo dele, ele tinha a desculpa perfeita para fazer o que ele já vinha fazendo, que é fazer os funcionários e concurseiros de otários. E ele conseguiu enrolar todo mundo não pagando férias e provavelmente décimo terceiro, pois alguém duvida que ele pode parcelar esses dois pagamentos? Se houvesse uma bolão eu apostaria que ele vai parcelar, pois o estado de São Paulo “quebrou” com a pandemia, mesmo com tudo funcionando durante o ano todo. Sejamos honesto, o Brasil não quarentena coisa nenhuma!