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Holiday é derrotado na câmara e as cotas raciais se mantém

O vereador Fernando Holiday, do Patriota, havia enviado para votação um projeto um pouco estranho, para dizer o mínimo, tratava-se de um PL (Projeto de Lei) com intuito de eliminar as cotas raciais dos concursos públicos da cidade de São Paulo, a ação era bem controversa, pois o Fernando Holiday é negro e estava com um projeto que eliminaria as cotas raciais para os negros, e por conta dessa atitude, em alguns grupos do movimento negro, ele vinha sendo chamado de “capitão do mato”.

Pelo menos desde 2013 na prefeitura de São Paulo existe a politica afirmativa de inserção do negro (pretos e pardos) no setor público municipal, na prática todo o concurso público reserva 20% das vagas do edital a esse grupo de pessoas, o projeto de Lei de Holiday, caso aprovado seria um imenso retrocesso social.

Fernando Holiday desistiu de avançar com o PL, pois verificou que não teria votos suficientes na câmara e preferiu desistir no Projeto, porém de qualquer maneira ele não ia conseguir aprovar um projeto absurdo desses, além de ser retrógado, quem seria o vereador louco a ponto de votar a favor do fim duma politica afirmativa tão importante?

O que penso sobre as cotas

Muitos acham que se trata duma divida histórica, não é errado pensar assim, eu também penso um pouco sobre isso, até porque quando terminou a escravidão, e os patrões teriam que pagar pelos serviços, os brancos contrataram os imigrantes europeus e não os negros, a partir daí começou a miséria entre os negros. Porém eu acredito que as cotas raciais em concursos públicos são uma maneira de inserir o negro no funcionalismo público, você pode reparar que na esfera pública você quase não vê negros, a maioria é branca, uma vez ou outra você vê um pardo, é um preto no setor público não se vê, a não ser nos serviços terceirizados da prefeitura que o trabalho é totalmente desvalorizado, tais como coleta de lixo, limpeza urbana e faxina.

Com as cotas raciais a administração pública garante que haja negros no funcionalismo público, para que a sociedade comece a se acostumar com os negros e perceber que são seres humanos iguais aos brancos. Isso faz com que com um tempo a pessoa não leve um susto ao ver um professor negro, médico, inspetor de alunos, secretário, supervisor negro. Ao meu ver as cotas são totalmente válidas e justas.

Muita gente acha que as cotas deveriam ser para os pobres e não para os negros, pois acreditam que algum negro pode ter tido uma educação muito boa e tem um nível social alto, mas na verdade isso não acontece, poucos negros são ricos. Mas entendo que as pessoas também querem dizer que existem brancos que moram na periferia e que não tem privilégios nenhum também. Neste caso eu já defendo que deveria existir um sistema de acréscimo do nota final para quem é pobre, para entender melhor sobre essa minha ideia leia: cotas para pobres em concursos públicos, lá eu explico com detalhes como isso funcionaria na prática.

Com relação ao Holiday foi bom que ele tenha sido derrotado, assim nenhum outro politico vai mexer em algum que vem dando certo, obviamente que vem em adaptação, ainda existe muita confusão na definição do pardo, em toda cota racial na hora de avaliar a pessoa parda da muita confusão, porém aos poucos a prefeitura vem melhorando as avaliações.

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