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Orientações para a VIDEOAULA do PSS do Estado de São Paulo 2026

As inscrições para o novo Processo Seletivo da Categoria O – Estado de São Paulo 2026 estão se aproximando. A banca organizadora do certame será a VUNESP, e as inscrições deverão ser realizadas diretamente em seu site.

O edital do PSS Categoria O 2026 é bastante extenso. Para facilitar sua compreensão e evitar que você perca informações importantes, destacamos a seguir os principais pontos sobre a videoaula, etapa que vale 40 pontos e corresponde a 50% da nota final. Ou seja, o desempenho na videoaula será decisivo para sua aprovação.

Confira abaixo todas as informações detalhadas presentes no edital sobre a videoaula, válidas para todos os cargos:
ORIENTAÕES PARA A VIDEOAULA

2. A prova prática – videoaula – permite avaliar as habilidades de docência do candidato por meio de demonstração prática das atividades a serem desempenhadas no exercício da respectiva função.

1. A prova prática será elaborada tendo em vista as dimensões que integram os Anexos V e VI, de acordo com o componente curricular de opção de inscrição do candidato.

DA PROVA PRÁTICA – VIDEOAULA

1. Disposições Gerais

1.1 A prova prática terá caráter classificatório e consistirá na simulação de uma aula presencial, em sala de aula convencional ou em sala de atendimento especializado de escola da rede pública de ensino, para alunos do ensino básico.
1.2 A simulação deverá ser gravada em vídeo, com duração de 5 (cinco) a 7 (sete) minutos de aula efetiva.
1.3 O candidato inscrito em mais de uma opção deverá enviar uma videoaula para cada inscrição.

2. Para candidatos dos componentes curriculares

2.1 O tema da videoaula será definido conforme a etapa de ensino e o componente curricular da inscrição.
2.2 O candidato deverá escolher uma das habilidades propostas no Anexo V, de acordo com sua etapa de ensino e componente curricular.
2.3 O tema da aula é livre, desde que esteja alinhado à habilidade escolhida no Anexo V e ao ano/série correspondente.

2.4 A videoaula deve:

2.5 Se utilizar mídia em vídeo:

2.6 Critérios de avaliação:

3. Para candidatos de Educação Especial

3.1 A videoaula deve ser baseada em um estudo de caso conforme a especialidade escolhida (Anexo VI).
3.2 Deve simular um atendimento especializado presencial em sala convencional ou especializada, considerando a presença física do aluno (sem obrigatoriedade de sua aparição).
3.3 O atendimento deve:

3.4 Vídeos de mídia utilizados devem seguir as mesmas regras da seção anterior (máximo de 1 minuto).
3.5 No início, o candidato deve apresentar (oralmente ou por escrito): o estudo de caso escolhido, o tipo de deficiência e demais informações pertinentes (conforme Anexo VI).
3.6 A aula deve ser apresentada em português, exceto para o estudo de caso 5 (Deficiência Auditiva/Surdez), que deve ser ministrado em Libras.
3.7 Gravação: preferencialmente com o celular na horizontal, local iluminado e sem ruídos.

3.8 Critérios de avaliação:

4. Envio da videoaula

4.1 O envio deverá ser feito entre 10h do dia 15/05/2025 e 23h59 de 13/06/2025, acessando a Área do Candidato, clicando em “Envio de Documentos” e fazendo o upload do vídeo conforme instruções da tela.
4.2 Especificações do arquivo:

4.3 Observações:

5. Termo de Consentimento

Ao se inscrever, o candidato deverá concordar com o termo de consentimento para uso de imagem da videoaula.

DO JULGAMENTO DAS PROVAS E HABILITAÇÃO

1. DA PROVA OBJETIVA

  1. A prova objetiva será classificatória e será avaliada na escala de 0 a 40 pontos.
  2. A nota da prova objetiva será obtida pela fórmula:

  NP = Na × 40 / Tq

  Onde:
  NP = Nota da prova
  Na = Número de acertos do candidato
  Tq = Total de questões da prova objetiva

2. DA PROVA PRÁTICA – VIDEOAULA

  1. A prova prática terá caráter classificatório e será pontuada na escala de 0 a 40 pontos.
  2. Será atribuída nota zero à prova prática que:
    1. Não for inequivocamente uma aula do componente curricular ou da Educação Especial para o qual o candidato se inscreveu e enviou o vídeo; Não corresponder a uma das habilidades previstas no Anexo V para o componente curricular de inscrição, ou a um dos estudos de caso do Anexo VI no caso de Educação Especial; Não corresponder à etapa de ensino prevista para a habilidade escolhida;Não se configurar como aula com conteúdo teórico e/ou teórico-prático;For exclusivamente de resolução de exercícios; Não se configurar como aula presencial;Não apresentar a introdução com as informações obrigatórias: componente curricular, habilidade, ano/série, ou, no caso de Educação Especial, estudo de caso e tipo de deficiência;Apresentar apenas explicações sobre como a aula seria ministrada;Não apresentar o candidato na gravação durante todo o tempo da aula; Apresentar baixa qualidade de imagem e/ou áudio, estiver incompleta ou danificada; For apresentada em língua diferente da portuguesa, exceto para a disciplina de Inglês (pode mesclar) e estudo de caso 5 (pode usar Libras);Tiver menos de 2 minutos de gravação; Não atender ao formato e especificações exigidos no edital; Apresentar problema técnico que impossibilite a execução do vídeo.
  3. Em relação ao tempo de aula, será:
    15. Descontados 20 pontos se o vídeo tiver entre 2 e menos de 4 minutos;
    16. Descontados 10 pontos se o vídeo tiver entre 4 e menos de 5 minutos;
    17. Desconsiderado o tempo superior a 7 minutos.
  4. Terá a nota prejudicada (reduzida) o candidato que:
    18. Apresentar aula para ano/série diferente da habilidade – perda de até 10 pontos (Apresentação);
    19. Não indicar corretamente as informações iniciais exigidas – perda de até 5 pontos (Apresentação);
    20. Incluir elementos desconectados da habilidade ou estudo de caso – perda de até 10 pontos (Metodologia);
    21. Usar excessivamente leitura de texto ou roteiro – perda de até 10 pontos (Metodologia);
    22. Falar à banca além da introdução – perda de até 5 pontos (Metodologia);
    23. Reduzir sua imagem no vídeo (campo pequeno ou lateral) – perda de até 10 pontos (Linguagens);
    24. Fazer comentários depreciativos ou ofensivos aos direitos humanos – perda de até 10 pontos (Linguagens);
    25. Usar velocidade acelerada no vídeo – perda de até 7,5 pontos (Linguagens);
    26. Usar linguagem inadequada para a sala de aula ou faixa etária – perda de até 7,5 pontos (Linguagens);
    27. Simular aula sem deixar claro se é presencial – perda de até 20 pontos (nota total);
    28. Anunciar uma habilidade e apresentar outra – perda de até 20 pontos (nota total);
    29. Não atender às orientações do Edital – perda de até 10 pontos (dimensão correspondente ou nota total).
DimensãoCritérioDescriçãoPontuação Máxima
APRESENTAÇÃOSequência lógica, linear, com início, meio e fim. Clareza e concisão.Apresenta as ideias seguindo uma sequência lógica, linear com início, meio e fim, contemplando: (i) introdução/contextualização/objetivo de aula; (ii) aprofundamento; (iii) conclusão, de maneira clara e concisa.10
APRESENTAÇÃOParcialmente lógica e linear.Apresenta as ideias de maneira parcialmente lógica e linear, sem muita clareza em alguns momentos. Realiza parcialmente o aprofundamento e a retomada dos conteúdos, comprometendo a conclusão da aula.7,5
APRESENTAÇÃOConfusa, sem clareza.Apresenta as ideias de maneira confusa, sem sequência lógica, sem clareza e sem linearidade.2,5
METODOLOGIACoerente com as aprendizagens e promove participação.Utiliza metodologias que instigam a participação do estudante, aplicando atividades e recursos didáticos/digitais condizentes (ex.: gráficos, esquemas, slides, vídeos etc.) que contribuem para as aprendizagens propostas e que retêm a atenção do aluno.10
METODOLOGIAParcialmente coerente.Utiliza metodologias que instigam a participação do estudante, aplicando atividades e recursos didáticos/digitais condizentes, porém esses encaminhamentos, em parte, se desconectam das aprendizagens propostas (conteúdos e objetivos de aprendizagem).7,5
METODOLOGIADesconectado da aprendizagem.Não utiliza metodologias que instigam a participação dos estudantes ou as utiliza, porém, estabelecendo pouca relação entre a teoria e a prática, utilizando-se de recursos didáticos e digitais que não envolvem a participação ativa dos estudantes e se apresentam desconectados das aprendizagens propostas (conteúdos).2,5
LINGUAGENSClareza, coerência, entonação e gestual adequados.Demonstra linguagem (clareza, coerência e variação), tom de voz (entusiasmo, ritmo e modulação), postura e gestos adequados, alternando-os de acordo com os momentos da aula e promovendo, por meio de questionamentos, uma interação entre os estudantes e o conhecimento. Faz uso de linguagem adequada, clara e de fácil compreensão para os estudantes.10
LINGUAGENSParcialmente adequada.Demonstra linguagem, tom de voz, postura e gestos parcialmente adequados, com certa dificuldade em alterná-los de acordo com os momentos da aula, dificultando a compreensão e interação. Linguagem parcialmente adequada, clara e objetiva para os estudantes.7,5
LINGUAGENSInadequada.Demonstra dificuldade na linguagem, tom de voz monótono, postura e gestos que não se alternam adequadamente, prejudicando a atenção e a interação dos estudantes. Linguagem de difícil compreensão, desconsiderando as características dos estudantes.2,5
TEMPOGestão equilibrada e adequada.Faz boa gestão do tempo da aula, cumprindo o planejado, contemplando boa explicação dos conteúdos e equilibrando as fases da aula: (i) introdução/contextualização; (ii) aprofundamento; (iii) conclusão.10
TEMPOParcialmente adequada.Faz a gestão do tempo de maneira parcialmente adequada, se estendendo em uma das fases da aula e realizando as demais de forma apressada.7,5
TEMPOInadequada.Faz a gestão do tempo de maneira inadequada, se estendendo em uma das fases da aula, sobrando quase nenhum tempo para as demais.2,5
    

DA PONTUAÇÃO FINAL

1. A pontuação final do candidato habilitado corresponderá à somatória das notas obtidas nas provas objetiva e prática, acrescida da nota da prova de títulos.

ANEXO V – DO TEMA, HABILIDADE OBRIGATÓRIA E PÚBLICO-ALVO PARA A PREPARAÇÃO DA PROVA PRÁTICA – CANDIDATO CONCORRENTE À VAGA DE COMPONENTE CURRICULAR:


Ensino Fundamental – Anos Iniciais

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – ANOS INICIAIS


Anos Finais e Ensino Médio

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ARTE
BIOLOGIA
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
INGLÊS
MATEMÁTICA
LÍNGUA PORTUGUESA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA

ANEXO VI – ESTUDO DE CASO PARA A PREPARAÇÃO DA PROVA PRÁTICA (VIDEOAULA) – CANDIDATO CONCORRENTE À VAGA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

O conteúdo da prova prática (Plano de Atendimento Educacional Especializado) e produção e apresentação de vídeo deverá ser elaborado com base em Estudos de Caso, conforme a seguinte orientação:

Conteúdo da prova prática:
Elaborar um Plano de Atendimento Educacional Especializado – PAEE (com base no Anexo II, da Resolução Seduc, nº 21 de 21-06-2023) a partir das informações do estudo de caso e produzir uma videoaula com uma das habilidades contida no Plano.

Estudos de Caso:

  1. Área da deficiência: Transtorno do Espectro AutistaEstudo de Caso 1
  2. Área da deficiência: Deficiência IntelectualEstudo de Caso 2
  3. Área da deficiência: Deficiência Visual – Baixa VisãoEstudo de Caso 3
  4. Área da deficiência: Deficiência Física (Paralisia Cerebral)Estudo de Caso 4
  5. Área da deficiência: Deficiência Auditiva (Surdez)Estudo de Caso 5
  6. Área da deficiência: Altas Habilidades/SuperdotaçãoEstudo de Caso 6

Estudo de Caso 1

Área da Deficiência: Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Estudante: João Guilherme
Data de Nascimento: 11/07/2011
Ano/série de matrícula: 9º ano do Ensino Fundamental

João Guilherme é um estudante de 14 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nível 2 de suporte. Desde os primeiros anos de escolarização, frequenta a rede regular de ensino e, ao longo de sua trajetória escolar, tem demonstrado progressos significativos no desenvolvimento acadêmico e socioemocional. Apesar desses avanços, continua a enfrentar desafios em áreas específicas, como interação social, comunicação e adaptação a mudanças de rotina.

No aspecto da comunicação, João utiliza linguagem verbal estruturada, com vocabulário adequado à sua faixa etária. No entanto, apresenta dificuldades na interpretação de duplos sentidos, ironias e inferências sociais, o que impacta diretamente na compreensão de textos mais complexos e na interação com colegas. Costuma iniciar diálogos quando o tema está relacionado aos seus interesses, atualmente voltados à astronomia, programação e jogos de tabuleiro. Fora dessas temáticas, tende a se manter mais reservado, embora responda quando abordado de maneira objetiva e clara.

No campo comportamental e socioemocional, demonstra resistência a mudanças imprevistas na rotina escolar e, quando não avisado com antecedência, pode apresentar reações de irritabilidade ou recusa. Beneficia-se significativamente de roteiros visuais, antecipações verbais e ambiente estruturado. Seu comportamento é, em geral, previsível e regulado, mas a sobrecarga sensorial, especialmente relacionada a ruídos intensos ou ambientes tumultuados, pode levá-lo a quadros de desregulação emocional. Nesses momentos, busca isolar-se e recorre a comportamentos de autorregulação, como o uso de fones abafadores ou pausas em locais tranquilos.

João Guilherme possui autonomia nas atividades de vida diária. No entanto, ainda requer acompanhamento pedagógico em relação à organização do material escolar, à administração do tempo e à priorização de tarefas. Apresenta dificuldades para iniciar e finalizar atividades sem orientação clara e metas visíveis.

Do ponto de vista cognitivo e acadêmico, está alfabetizado e lê com fluência textos informativos, especialmente quando relacionados a seus centros de interesse. Apresenta, entretanto, dificuldades de compreensão de enunciados extensos, necessitando de apoio para realizar inferências e análises críticas. Em matemática, tem desempenho satisfatório em operações básicas e conceitos visuais (formas, medidas, gráficos), mas ainda encontra obstáculos em problemas que exigem abstração, interpretação textual ou raciocínio lógico sequencial. Nos componentes das áreas de ciências humanas, demonstra curiosidade intelectual, sobretudo em conteúdos históricos de civilizações antigas, guerras mundiais e descobertas científicas.

A família é presente, demonstra boa comunicação com a escola e está em constante busca por estratégias para apoiar o desenvolvimento do filho. João Guilherme frequenta o Atendimento Educacional Especializado (AEE), onde são desenvolvidas ações voltadas à ampliação da autonomia, da autorregulação emocional e das habilidades sociais.

Estudo de Caso 2

Área da Deficiência: Deficiência Intelectual
Estudante: Maria Eduarda
Data de Nascimento: 05/09/2014
Ano/série de matrícula: 6º ano (não alfabetizada)

Maria Eduarda, estudante de 11 anos diagnosticada com deficiência intelectual, está matriculada no 6º ano do Ensino Fundamental. Embora ainda não tenha sido alfabetizada, ela está em processo de desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. Atualmente, encontra-se na hipótese alfabética, fase inicial em que começa a associar as letras aos sons, mas ainda enfrenta dificuldades significativas para ler e escrever de forma autônoma.

Apresenta certa timidez e não se sente à vontade para se expressar verbalmente em situações com muitas pessoas. Sua participação oral ocorre, em geral, apenas quando é diretamente questionada, demonstrando desconforto em atividades que envolvem exposições ou apresentações.

Demonstra boa compreensão auditiva, o que contribui positivamente para o seu desempenho em sala de aula. Consegue acompanhar orientações orais com relativa facilidade, compreendendo comandos simples e instruções práticas relacionadas às atividades propostas. Além disso, apresenta bom entendimento de explicações verbais mais elaboradas, especialmente quando estas são acompanhadas de exemplos concretos ou recursos visuais, o que favorece sua assimilação dos conteúdos e participação nas aulas.

Maria gosta particularmente das aulas de Arte, sobretudo quando tem a oportunidade de trabalhar com guache, desenhar e pintar. Nessas atividades, consegue se expressar de forma criativa e se engajar com mais autonomia.

Os pais demonstram grande preocupação pelo fato de sua filha ainda não ser alfabetizada e por ela não reconhecer notas de dinheiro. Eles estão cientes dos desafios que ela pode enfrentar ao longo de sua trajetória educacional e reconhecem que a alfabetização é uma etapa importante para o seu desenvolvimento. Estão sempre presentes e comprometidos com o seu progresso educacional, trabalhando lado a lado com a escola para apoiar e acompanhar sua evolução.

Estudo de Caso 3

Área da Deficiência: Deficiência Visual – Baixa Visão
Estudante: Mateus Gabriel
Data de Nascimento: 05/09/2012
Ano/série de matrícula: 8º ano do Ensino Fundamental

Mateus Gabriel apresenta deficiência visual congênita, com visão funcional classificada como baixa visão. Desde os primeiros anos de escolarização, frequenta a rede regular de ensino, com acompanhamento do Atendimento Educacional Especializado (AEE) desde o ciclo de alfabetização.

É alfabetizado em Língua Portuguesa, utilizando predominantemente o sistema ampliado, com apoio de recursos ópticos e não ópticos, como lupas manuais e tablet com software de ampliação. Atualmente, encontra-se em processo de aquisição do sistema Braille, com apoio do professor do AEE.

Em atividades de leitura prolongadas, demonstra cansaço visual, necessitando de pausas regulares para descanso ocular.

Nas práticas pedagógicas, apresenta organização pessoal satisfatória, utilizando cadernos com pauta ampliada, canetas de alto contraste e esquemas gráficos adaptados. Os registros escritos ocorrem em ritmo mais lento que os dos colegas, o que demanda flexibilização de tempo em avaliações e produções extensas. Demonstra compreensão dos conteúdos curriculares e participação ativa nas discussões em sala, especialmente em História e Ciências.

No entanto, encontra dificuldades nas disciplinas de Matemática e Geografia, particularmente em atividades que envolvem conceitos mais complexos, como a resolução de problemas numéricos em Matemática e a interpretação de mapas e gráficos em Geografia. Apresenta desafios em associar dados visuais com informações abstratas, o que impacta sua capacidade de compreender representações espaciais e numéricas nessas disciplinas.

Em Educação Física, Mateus Gabriel tem dificuldades nas atividades que envolvem deslocamentos rápidos, uso de bola e coordenação motora ampla, principalmente nas que exigem orientação visual precisa. Também demonstra insegurança em ambientes com estímulos visuais e sonoros intensos.

Apresenta boa interação social com os colegas e participa das atividades em grupo. Em alguns momentos, prefere desenvolver tarefas individualmente, principalmente quando os recursos não estão previamente adaptados. Demonstra responsabilidade em relação às atividades propostas e colaboração com a turma.

Quanto à família, observa-se que os responsáveis são participativos e acompanham de forma efetiva a trajetória escolar do filho, comparecendo às reuniões e atendimentos sempre que solicitados.

Estudo de Caso 4

Área da Deficiência: Deficiência Física (Paralisia Cerebral)
Estudante: Enzo Miguel
Data de Nascimento: 05/09/2009
Ano/Série de Matrícula: 2ª Série do Ensino Médio

Enzo Miguel é um estudante de 16 anos diagnosticado com paralisia cerebral, que apresenta limitações motoras significativas, impactando suas habilidades de movimentação e coordenação. Essas limitações afetam especialmente suas habilidades motoras finas e amplas, dificultando a realização de atividades como escrever, executar movimentos rápidos ou participar de práticas físicas que exigem maior destreza e agilidade.

Para sua locomoção, Enzo utiliza cadeira de rodas e conta com o apoio de um profissional de Atividades da Vida Diária (PAE-AVD), que o auxilia no deslocamento pelos diferentes espaços escolares.

Embora suas dificuldades motoras sejam um desafio constante, ele demonstra um interesse ativo nas atividades escolares, especialmente nas que não dependem diretamente de suas habilidades motoras. Enzo tem uma boa compreensão oral, absorvendo bem o conteúdo das discussões em sala de aula e participando com engajamento. Sua capacidade de compreensão e interesse nas aulas é notável, especialmente nas áreas de Ciências, História e Geografia, onde ele tem a oportunidade de discutir e interagir com os colegas.

Um dos maiores sonhos de Enzo é tornar-se youtuber, um objetivo que ele segue com determinação. Ele dedica tempo ao planejamento de conteúdos e se engaja ativamente em práticas relacionadas a esse projeto de vida, o que se reflete em sua busca constante por ferramentas e habilidades que o ajudem a atingir essa meta. Este projeto também o motiva a se envolver mais nas atividades tecnológicas e de comunicação, ajudando-o a aprimorar suas habilidades digitais e a expressar suas ideias de forma criativa.

No que se refere à interação social, Enzo é bem-relacionado com seus colegas e demonstra uma postura colaborativa em trabalhos em grupo. Nas aulas de Educação Física, por exemplo, ele enfrenta dificuldades em atividades que exigem maior movimentação e coordenação motora, como correr, saltar ou jogar esportes que exigem o uso de bola.

A família é participativa e comprometida com seu desenvolvimento escolar. Seus pais estão constantemente em contato com a escola, buscando garantir que o filho tenha todas as adaptações e suportes necessários para um aprendizado efetivo. Eles reconhecem as limitações motoras do filho, mas se empenham em proporcionar-lhe as melhores condições para seu crescimento acadêmico, social e emocional. A família também é fundamental no acompanhamento do projeto de vida de Enzo, incentivando-o a continuar seus estudos e buscar a realização de seu sonho de se tornar youtuber, apoiando-o em cada passo desse processo.

Estudo de Caso 5

Área da Deficiência: Deficiência Auditiva (Surdez)
Estudante: Lucas Rafael
Data de Nascimento: 10/05/2009
Ano/Série de Matrícula: 1ª Série do Ensino Médio

Lucas Rafael é um adolescente de 16 anos matriculado na 1ª série do Ensino Médio em uma escola estadual. Tem uma postura respeitosa, é observador e bastante curioso, embora demonstre certa timidez nas interações em sala regular. Mora com a mãe e dois irmãos mais novos.

Utiliza a Libras como principal forma de comunicação, mas seu repertório é limitado, pois não há usuários fluentes da língua de sinais no ambiente familiar. Em casa, a comunicação ocorre por meio de gestos, expressões faciais e sinais caseiros, o que impacta seu domínio da Libras e, consequentemente, sua compreensão plena dos conteúdos escolares.

Conta com o apoio de um Profissional Tradutor e Intérprete de Libras em sala de aula, mas ainda assim encontra dificuldades para acompanhar os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento, sobretudo devido à complexidade da linguagem utilizada nos materiais e enunciados.

No Atendimento Educacional Especializado (AEE), Lucas demonstra mais segurança e iniciativa, participa com mais autonomia e engajamento, especialmente quando as atividades envolvem recursos visuais, vídeos com interpretação em Libras ou materiais concretos.

Na disciplina de Língua Portuguesa, apresenta dificuldades significativas na leitura e produção de textos, limitando-se, muitas vezes, a frases curtas ou vocabulário isolado. Já nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza, demonstra interesse e desenvoltura, principalmente quando os conceitos são abordados com apoio de imagens, gráficos ou materiais manipuláveis. Apresenta bom raciocínio lógico e facilidade com operações matemáticas, apesar da dificuldade em compreender e resolver problemas por escrito.

Lucas manifesta o desejo de aprimorar suas habilidades em Libras e melhorar sua comunicação em Língua Portuguesa. Relata frustração por não conseguir se expressar como gostaria, tanto com os colegas quanto com os professores, e sonha com um ambiente escolar mais acessível, onde as pessoas ao seu redor também conheçam Libras.

Assim como seus colegas, Lucas tem dúvidas e expectativas em relação ao Itinerário Técnico Profissional do Ensino Médio e demonstra interesse por áreas ligadas à informática e ao design, principalmente quando envolvem atividades práticas e visuais.

Estudo de Caso 6

Área da Deficiência: Altas Habilidades/Superdotação
Estudante: Maria Júlia
Data de Nascimento: 11/07/2013
Ano/Série de Matrícula: 7º Ano do Ensino Fundamental

Maria Júlia, de 12 anos, está matriculada no 7º ano do Ensino Fundamental e apresenta um perfil de altas habilidades/superdotação. Desde os primeiros anos escolares, ela demonstrou um desempenho acadêmico acima da média, com destaque em diversas áreas do conhecimento, como Linguagem, Matemática e Ciências.

Na área de Linguagem, tem uma grande facilidade para adquirir novos vocabulários e utilizar termos complexos em suas produções. Sua leitura é fluente, e ela possui uma capacidade excepcional de interpretar textos, demonstrando uma compreensão profunda e analítica. Nas produções textuais, apresenta textos bem estruturados, com argumentos claros e uma narrativa coesa. Ela consegue, com facilidade, estabelecer conexões entre ideias e informações de diferentes fontes, com uma abordagem crítica e construtiva.

Em Matemática, Maria Júlia se destaca pelo raciocínio lógico e pela resolução de problemas complexos. Ela compreende conceitos abstratos com facilidade e consegue aplicar estratégias eficientes em diferentes tipos de problemas. Demonstra interesse por geometria e álgebra, além de apresentar um interesse cada vez maior por tópicos mais avançados, como progressões aritméticas e estatística simples.

Na disciplina de Ciências, demonstra grande curiosidade, especialmente nas áreas de biologia e física. Maria compreende facilmente conceitos científicos avançados e tem uma capacidade notável para aplicar esse conhecimento de forma prática, realizando experimentos e atividades de laboratório com alto nível de compreensão. Seu interesse por temas como genética, ecologia e as leis da física é constante, e ela frequentemente busca materiais adicionais para ampliar seu aprendizado.

No entanto, um desafio que Maria Júlia tem enfrentado é relacionado à sua fluência em dois idiomas, inglês e espanhol. Embora seja fluente nas duas línguas, o bilinguismo tem causado dificuldades na disciplina de inglês, especialmente em atividades que envolvem escrita e expressão verbal mais complexas. Ela apresenta certa confusão ao alternar entre as duas línguas, o que acaba impactando seu desempenho, especialmente na parte gramatical e no vocabulário.

Além disso, ela apresenta resistência à correção de seus professores, acreditando que possui conhecimento suficiente para as atividades propostas. Ela tende a desconsiderar as orientações recebidas, o que prejudica seu desenvolvimento em algumas áreas de conhecimento. Esse comportamento é mais evidente em tarefas que não despertam seu interesse ou quando ela considera que já domina o conteúdo proposto.

Outro ponto de desafio é a interação em trabalhos em grupo. Ela costuma demonstrar desconforto ao trabalhar com colegas que considera estar aquém de seu nível de conhecimento. Em muitas situações, ela prefere realizar atividades sozinha, o que limita sua interação com a turma.

Os pais de Maria Júlia são bastante participativos no seu processo educacional. Eles acompanham de perto o desenvolvimento escolar da filha, estando sempre presentes em reuniões e atividades escolares. Demonstram um grande interesse no progresso da filha e oferecem suporte constante, estimulando-a a buscar novos conhecimentos e a superar desafios.

SEGUE ABAIXO O PDF DESSE DOCUMENTO QUE FOI EXTRAÍDO DO EDITAL

ORIENTAÇÕES PARA A VIDEOAULA

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