No dia 29 de abril, os servidores públicos de Santo André realizaram uma paralisação seguida de uma manifestação em frente ao Paço Municipal. Contrariando expectativas, a adesão foi expressiva tanto à paralisação quanto ao ato público. Profissionais veteranos da rede afirmaram que esse foi o maior movimento dos últimos 10 anos.
A mobilização foi tão significativa que resultou no bloqueio da Avenida Dom Pedro II, nas imediações da Praça IV Centenário. Confira o momento abaixo:
As informações é que compareceram à manifestação aproximadamente 3 mil pessoas, entre funcionários da ativa e aposentados.
Apesar da forte mobilização, não houve avanços concretos na pauta salarial durante esta semana. Os servidores exigem um reajuste de 16,14%, referente à recomposição das perdas acumuladas ao longo dos últimos anos. A proposta inicial do governo foi de 4%, rejeitada amplamente pela categoria.
As negociações seguem travadas, mas uma nova reunião entre o sindicato e o governo está agendada para a próxima semana. O Executivo afirmou estar disposto a dialogar e apresentar uma nova contraproposta.
Durante a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Santo André, o líder do governo, Dr. Fábio Lopes, se pronunciou. Segundo ele, o índice de 16,14% está relacionado à gestão anterior. A atual administração reconhece uma perda salarial de 5,48% durante seu mandato. Assim, deu a entender que a nova proposta pode girar em torno desse valor — não inferior a 5,48%, mas distante da reivindicação máxima. Veja o vídeo abaixo e tire suas conclusões:
Opinião Pessoal
Estive presente na manifestação e pude observar de perto a força do movimento. O ato estava realmente lotado, chegou a interromper o trânsito e chamou atenção da cidade. Diferente de outras casas legislativas, como a Câmara de São Paulo, o tom dos vereadores em Santo André foi respeitoso, sem ofensas aos servidores.
Diante desse cenário, acredito que a nova proposta do governo possa chegar a 6% em parcela única, numa tentativa de apaziguar os ânimos e manter a estabilidade até março de 2026. É apenas uma análise baseada no contexto atual — não recebi nenhuma informação privilegiada nem estou antecipando decisões oficiais.