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Prazo de homologação do Concurso Público

Vivenciei nos últimos dois anos duas experiências que até então eu não via acontecer em concursos públicos, pelo menos não comigo, que foi uma demora absurda para homologar o certame. No concurso público de Auxiliar Técnico de Educação isso foi tão bem evidenciado que eu recebia mensagem quase todos os dias questionando a mesma coisa “Rogério, existe um prazo para homologar o concurso?” Tamanha era a dúvida que até cheguei a comentar sobre num programa de TV:

Se você fizer uma pesquisa no Google com relação a prazo de homologação do concurso você até encontra uma reposta:

O prazo para a homologação do concurso público é de 30 dias úteis a partir da data em que a classificação final dos candidatos aprovados é feita. O limite foi determinado pelo Decreto n. 42.899 de 17 de setembro de 2002.

Entretanto este decreto é do Estado de Minas Gerais e em São Paulo ainda não existe nenhum decreto ou lei que determina isso, e por essa razão muitas prefeituras aqui em São Paulo e até o próprio Estado se sentem no direito de homologar o certame quando bem entenderem.

Secretaria de Educação do Estado de SP – Oficial Administrativo

O Concurso Público de Oficial Administrativo do Estado de São Paulo demorou 11 meses para ser homologado após a classificação definitiva. Este concurso foi o recordista no que diz respeito a morosidade de finalização do certame.

Na época havia várias acusações, muita gente falando que era culpa da Vunesp, até mesmo eu entrei na pilha, porém a verdade é que a homologação do concurso público é um ato administrativo feito pelo interessado no concurso, neste caso era a Secretaria de Educação do Estado, e como esse concurso teve sua classificação em 11 de março de 2019 dependíamos do governo Doria para homologar. Doria tinha acabado de entrar no Palácio dos bandeirantes e já chegou cancelando vários concursos, inclusive o do Centro Paula Souza que até hoje é um sonho meu participar, ele foi cancelado para reavaliação de quantitativo de vagas, segundo Doria os concursos tinham vagas demais, o que chega a ser engraçado, o do Centro Paula Souza era um concurso Estadual e prometia 540 vagas, esse número de vagas para um Estado do tamanho de São Paulo não é nada. Então João Doria aproveitando a onda de barrar concursos só assinou a homologação do concurso de Oficial administrativo em 7 de fevereiro de 2020.

Auxiliar Técnico de Educação

Este concurso é um drama recente e muitos leitores devem lembrar ou vivenciaram na pele, em comparação ao anterior até esse foi mais “célere” no processo de homologação, a divulgação da classificação final foi em 10 de março de 2020 e foi homologado em 13 de agosto de 2020, 5 meses depois, porém o que tornou esse concurso mais dramático foi que ele teve duas provas, pois uma foi cancelada e demorou muito tempo pra sair a classificação final, coisa que não aconteceu com oficial administrativo, o concurso anterior teve todo o processo rápido, com exceção da homologação que durou uma gestão e 2 meses, o de ATE foi meia gestação e um mês.

Ambos os concursos tiveram intervenção nas suas homologações pelo governo do PSDB que reina há, pelo menos, 30 anos no Estado de São Paulo, é tanto tempo que nos sentimos até acuados em criticar o governo, parecia uma ditadura!

Quem sabe uma Lei nova…

O Estado de São Paulo precisa de um decreto parecido com o de Minas Gerais para dar maior confiabilidade nos concursos públicos, um certame que demora mais de 1 ano para ser finalizado não pode ser entendido como normal, no meu entender se ele tiver duração de 6 meses entre a abertura do edital e sua homologação está ótimo, ninguém reclamaria, pois o concurso público realmente tem prazos! E seria muito interessante ter no decreto a exigência de cronograma em todos os concursos no Estado, seja municipal ou Estadual. Você deve pensar “mas aí tem que ser uma lei”, e porque não imaginar uma lei que regulamenta os concursos públicos dentro do nosso Estado. Basta desenvolver a ideia e conseguir que a pessoa certa esteja ocupando uma cadeira na Alesp e envie esse projeto de Lei para frente, traria maior segurança aos concursos públicos e desgastaria menos qualquer governo que esteja administrando o Estado, e obviamente preserva a própria imagem do Estado no que diz respeito a contratação de servidores públicos efetivos, poderia ser até um modelo para os outros Estados. Como diz o ditado “não custa sonhar!”.

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