Durante a última semana de 2023 o assunto e a reclamação ficou por conta do ajuste do piso salarial dos Professores, eu tive que fechar um dos meus grupos, pois Professores Bolsonaristas e Professores Petistas estavam se ofendendo, ao invés de se unirem em prol das melhorias nas condições de trabalho de ambos, pois não temos, nós Professores, salários equiparados com os demais profissionais que possuem curso superior.

O reajuste do piso dos Professores foi de 3,62%, abaixo da inflação e muito abaixo dos últimos reajustes de tal piso. Piso esse que não é respeitado pela maioria das Prefeituras, o próprio Estado de São Paulo não cumpre com o piso Nacional dos Professores, então a luta é mais complicada do que simplesmente exigir um piso maior. Vale observar que o piso Nacional dos Professores foi conquista do próprio PT com intuito das Prefeituras e Estados não pagarem salário mínimo aos Professores, segue:

“Durante seu segundo mandato, em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu ministro da Educação, Fernando Haddad, sancionaram a Lei nº 11.738/2008, que estabeleceu pela primeira vez na história o Piso Salarial Nacional para professores de escolas públicas da educação básica. O piso nacional dos profissionais do magistério público é o valor mínimo que devem receber os professores em início de carreira e passou a valer para todo o país.”

O reajuste desse ano fez com que o piso Nacional de Professores seja de Valor do Piso do Magistério em 2024 = R$ 4.580,57. Aqui é considerado para 40 horas, então um Professor com carga de 40h semanais não pode ganhar menos que R$ 4.580,57, se for de 30h então, não poderá receber menos que R$ 3.381,42, 25h: R$ 2.817,85. Para um profissional com nível superior completo isso é uma mixaria.

Entendendo o porquê dos míseros 3,62% de aumento

Respaldado pela análise e explicação da CNTE, segue:

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, de 29/12/2023, a Portaria Interministerial MF/MEC nº 7, atualizando as estimativas de custos per capita do FUNDEB para o ano de 2023. De acordo com o parágrafo único do art. 5º da Lei Federal nº 11.738/2008, a atualização do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica é definida pela diferença percentual do Valor Aluno Ano do Ensino Fundamental Urbano – VAAF do FUNDEB, de dois anos anteriores.

Em 2023, as receitas do FUNDEB sofreram forte retração em função da medida eleitoreira do ex-presidente Jair Bolsonaro, que preferiu desonerar o ICMS sobre combustíveis, energia, comunicações, transporte e outras atividades e serviços prestados em âmbito dos estados e municípios, ao invés de alterar a política de preços da Petrobras e de reduzir o apetite do acionistas da empresa. E essa medida irresponsável, que não impediu a derrota do ex-presidente nas urnas, resultou na aprovação da Lei Complementar nº 194/2022, que por sua vez reduziu drasticamente o financiamento das políticas públicas de educação, saúde, entre outras áreas sociais. Em âmbito do FUNDEB, as receitas que haviam crescido mais de 33% em 2021, e quase 15% em 2022, despencaram para pouco mais de 3% em 2023, tendo se recuperado um pouco mais no último quadrimestre desse ano. A estimativa do VAAF, em agosto, projetava a atualização do piso em 1,62% para 2024, com crescimento de receitas do FUNDEB em 1,99%. Nesta última estimativa, publicada em 29/12/23, houve uma pequena melhora nos indicadores do FUNDEB e do piso salarial do magistério, conforme seguem abaixo:

Embora o critério de atualização do piso esteja sendo alvo de ações judiciais em várias localidades, numa tentativa para não cumprir os reajustes de 2022 e de 2023, vale destacar que a Procuradoria Geral da República ingressou com nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 7516) no Supremo Tribunal Federal, agora pedindo a plena vigência do critério de atualização do piso e a aplicação dos percentuais de 33,24%, em 2022, e de 14,95%, em 2023, nos termos do § único do art. 5º da Lei nº 11.738/2008. A CNTE espera que o STF acate o pedido da PGR e mantenha seu histórico de defesa da lei do piso do magistério, que por duas vezes foi julgada constitucional pela Corte maior brasileira (ADIs 4.167 e 4848). E sendo que esse novo julgamento é essencial para manter a segurança jurídica do piso, que foi praticado na maior parte do país, em 2023, ao valor de R$ 4.420,55, independentemente da luta por sua vinculação aos planos de carreira da categoria.

Precisaremos esperar o reajuste de 2025 para aí sim culpar o Governo atual sobre a mixaria do piso Nacional de professores, e não esquecer que este mesmo governo que aí está a frente do país quem inventou o piso Nacional, que em muitas cidades ainda não é cumprido, é uma luta que leva 16 anos, porém com mais informação e mais acesso a elas na internet aos poucos vamos conquistando os nossos direitos.

  1. Um país bem educado não interessa aos políticos corruptos desse país. Para que valorizar professores? Afinal são eles que educam e são responsáveis pela mudança.

  2. Me aposentei com 33 anos de magistério. Tinha nível 1 e classe A. Não tenho nível superior. Perdi o nível e a classe e hoje recebo subsídio. Com 40 horas fico fora dos aumentos. Falta de respeito. Queremos a equiparação do piso salarial

  3. Vergonhoso! O salário de professor é pouquíssimo. Professor tem que ser valorizado. Respeitado. Isso é falta de respeito com os professores do Brasil.

  4. Que o reajuste não reflete a valorização que gostaríamos é certo, mas é preciso entender que isso ainda é resultado do desgoverno. A matéria foi clara: “deixem pra culpar o atual governo no reajuste de 2025”. Bolsonaro deixou um rombo trilionário e nenhum dinheiro pra merenda! Tenhamos esperança.

    • Mentira. Bolsonaro deixou mais de 50 bilhões de superávit. Agora esse DESGOVERNO está com um rombo desde que entrou de mais de 230,5 Bilhões só nesse 2023. SE ATUALIZE. E quanto a retirada de impostos, ICMS, taxas…Isso foi para que os preços não ficassem tão altos porque estávamos numa pandemia. Crescemos mais do que a China na pandemia.

      • Superávit? Fez pedalada fiscal e deu calote nos precatórios da União. E fez farra de desonerações com o bolso alheio, do ICMS dos Estados. Foi só ele perder a eleição que os governadores correram a Brasília para pedirem compensação pelas perdas dos cofres estaduais com a desoneração de sua principal fonte de recursos, que é justamente o ICMS. Vá estudar mais, colega!

  5. Prefeito de Belém Edmilson Rodrigues e Governador do Pará Hélder Barbalho pagaram o porcentual do piso nos últimos anos. Estávamos até satisfeitos. Mas, alegria de pobre dura pouco!

  6. Quando vão olhar p aposentados, nos estados do RJ, não sei como não passamos fome. Parece que morremos e não aposentamos. Já servimos muito e nada fazem por nós .

  7. Até na hora d nos unirmos em uma luta nacional por nossos direitos, salários dignos e condições de trabalho, alguns preferem manifestarem suas preferências politicas…por isso a educação é precária,nunca seremos corporativistas…fica a dica…vamos a luta…

  8. Sou de Ouricuri PE ,sertão, é triste hj dizer sou professor,vergonhoso. Votei em Lula pensando em mudança.,vejo que me enganei,até a data de hj a Gov. de PE não deu o piso aos aposentados e pedimos ajuda a Lula e nada foi feito. Ninguém vai querer ser professor. Agora Bolsonaro vai ficar na história fez com que todos os governos pagassem. E esse piso de 2024 é vergonhoso.

    • O reajuste é com base na economia de dois anos antes, ou seja, o reajuste de 2024 tem como ano-base para o cálculo 2022, quando Bolsonaro promoveu desoneração de ICMS sobre os combustíveis, fazendo farra com o bolso alheio. Vá estudar mais a lei do piso nacional, colega!

  9. O que acontece com os municípios e estados que não cumprem há anos a lei do piso salarial dos professores??? Nada!!! Não pagam e pronto!!! Um absurdo!!!

  10. Boa noite. Governo de direita e de esquerda trabalham sempre contra professores. Essa é a verdade. O partido dos professores são os seus direitos. Portanto, essa ideia de direita e esquerda é para dividir os professores. E negar uma remuneração justa e compatível com a função e a formação.

  11. O governo federal tem que fazer a sua parte da um bom reajuste e nós a categoria cobraria dos governos locais, então não me venha com essa.

    Sim eu acredito em carochinha!!!!

  12. Eu não sei…com sindicatos agem, e seus filiados. No MS o estado sempre pagou, graças à Deus. Mas temos professores que não foge da luta. Acredito que o segredo é ser aguerrido nessa guerra.

  13. No Piauí no governo Wellington Dias e no governo de refael fonteles do PT nunca obdeceram o piso salarial dos professores .os professores do Estado do Piauí faltam é passar fome porque o salário 3 o mais do país

  14. Queridos! Creio que estamos fazendo uma luta as avessas. Se o valor do piso é o mínimo que se tem a pagar a um professor, então, que prefeitos e governadores paguem a mais do que a referência. Simples assim! Devemos ter vontade política do executivo e luta corporativa dos docentes! Temos de para por lutar por um mínino!

  15. Vamos deixar governos anteriores pra trás. O governo atual dizem que é o bonzinho ele sim tem que atender essa demanda de melhorar o nosso salário. Agora quero ver presidente Lula, na sua campanha falava que vai tirar o país da pobreza. Aumenta o salário dos professores, a profissão que menos ganha e é desvalorizada. Veja o salário da ex presidente Dilma e dos demais….

  16. Ainda querem rendimentos com os alunos !Um professor se acabando, fisicamente, mentalmente. Chegando a época da aposentadoria o dinheiro não dá para comprar um remédio para tratar seu problema!Eu que não vou mais me acabar! Vamos ver onde essa educação vai parar!

  17. O que acontece nos dias atuais na Educação não é fruto de um ou outro governo. É resultado de muitos anos de políticas errôneas, escolhas mal feitas, inércia de grande parte dos profissionais, falta de organização e trabalho adequado quanto aos pleitos, politicagem e também falta de um plano maior. E o pior: nada muda e tudo se repete.

  18. Não adianta estar culpando ex-presidente nem atual, porque quem não está comprando sãos o governadores e os prefeitos, aqui em minha cidade mesmo o prefeito não deu o aumento do ano passo.

  19. Lamentável um país que “VALORIZA” a educação dessa forma. Para quem de fato trabalha não há dinheiro, mais para fazer barganha e seus belprazeres, há 5 bi para a próxima campanha eleitoral.

    Muito triste ver essa situação.

  20. Triste mesmo é quando um partido não faz o suficiente pela causa e fica culpando o outro. É por isso que esse país não muda e todos que entram, tá nem aí pra Educação. Até por que fazem leis que os Estados e Municípios não são obrigados a seguir. De que adianta?

  21. Até o governo militar, ser professor era privilégio…Profissão que te dava status, crédito. A verdade é que a esquerda destruiu nossos sonhos…

  22. Caramba!
    Estou incrédula com tantos comentários com erros ortográficos gritantes!
    Espero que esses comentários sejam de um público geral e que esses erros não tenham sido cometidos por professores…

  23. Quem acabou com o salário dos professores foi O atual ministro Wellington Dias quando foi governador no Piauí.Tirando regência,adicional progressão.Sou professora aposentada com curso superior e ganho o piso salarial de 4420 reais!

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