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Sem estabilidade no setor público pobre vê mais um sonho indo embora

Nessa reforma administrativa, sinceramente, não há nada para se comemorar, dizem que ela apresenta pontos positivos, mas honestamente eu me esforço muito para encontrar esses pontos positivos e não acho, sem falar que ela não mexe em nada o judiciário e legislativo, nessas esferas sim existem os que ganham altos salários, e no legislativo mais ainda, pois há lá quem se alimente e se veste do que é roubo. O que falam sobre o poder executivo, para justificar a reforma, é mentira, no executivo não há nenhum privilegio e não é o executivo o culpado dos gastos públicos, conforme o historiador e comentarista político Marco Antonio Villa disse no Jornal da Cultura recentemente:

Os sonhos perdidos

Muitos pobres ainda sonham em trabalhar no setor público, atualmente é a forma mais honesta de conseguir um emprego estável e que dá a oportunidade de ajudar a comunidade através do serviço prestado. A estabilidade é o fator mais atrativo, nem é o salário, pois quando se trata do poder executivo, se formos pensar, sempre pagou pouco. A estabilidade é muito importante para o funcionário fazer seu trabalho com tranquilidade, sem precisar ceder a ilegalidades, que acontece até de maneira corriqueira no setor privado, e se a pessoa recusa o trabalho sujo é demitida. Já no setor público, até então não existe esse risco, e caso tenha por parte do superior imediato algum pedido, ou orientação de ação ou ato manifestamente ilegal, o funcionário público além de recusar pode denunciar o seu chefe.

Ingresso por meio de concurso público é a maneira mais justa que temos, no momento, para contratar os funcionários públicos que atuarão numa das três esferas administrativas, não podemos dizer que é a maneira perfeita, porém a mais justa, pois passa quem obtém a melhor nota final, e muitos jovens da periferia através de imenso esforço, conseguem se destacar no concurso público e conseguem uma vaga na esfera pública Federal, Estadual ou Municipal.

Os sonhos se tornam perdidos uma vez que querem excluir a estabilidade do setor público, a possibilidade de uma pessoa da periferia continuar no setor, caso essa reforma passe da maneira que está, é quase nula, uma vez que a desonestidade será o fator primordial para a permanência do servidor público, e alguém que sai da periferia para concorrer vaga em concurso público não se sujeitará jamais a esse tipo de coisa, uma vez que para ele é muito mais complicado passar no concurso, teve uma má formação escolar, é difícil ler em casa, tem muito barulho externo, tem sempre que recorrer a uma biblioteca, a pressão familiar é grande, pois ele não pode ficar só estudando, muitas vezes tem que trabalhar e estudar concomitantemente, pois além de estudar precisa ajudar em casa, portanto é uma realidade distinta de um candidato da classe média que muitas vezes só precisa estudar para a prova, tem todo apoio familiar e todas as ferramentas necessárias para estudar com tranquilidade e concentração.

Estão discutindo mais uma reforma em que o alvo são os “privilégios” dos pobres, enquanto juízes e políticos continuam com todos os privilégios possíveis assegurados, alguns surreais para um funcionário do executivo, nunca que um funcionário público vai ter:

Auxílio Moradia, Auxílio Educação, Auxílio Cultural, Auxílio Farmácia, Auxílio Paletó, Combustível, entre outros…

O funcionário público no executivo tem apenas, Vale transporte, Vale alimentação e Vale Refeição, e nem sempre tem esses três, tem lugar que só paga VT eVA, e a base salarial está em aproximadamente 2.000 reais, ou seja, aonde estão esses salários enormes e privilégios que tanto falam, sabemos que é no legislativo e judiciário.

Estaremos de olho, acompanhando e podemos pressionar os políticos sim, leia está matéria e saiba como cobrar do politico que vote contra a PEC que elimina  a estabilidade no setor público https://colaboraconcursos.com.br/como-podemos-reverter-a-pec-32-2020/

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