Ícone do site Colabora Concursos

Servidores Públicos de Santo André Rejeitam Proposta de Reajuste Irrisório do Governo Gilvan Jr.

Em assembleia realizada pelos servidores públicos de Santo André, em conjunto com o Sindserv Santo André (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André), foi apresentada a proposta de reajuste salarial do governo Gilvan — atualmente em seu primeiro ano de mandato. A proposta prevê apenas 4,4% de aumento no salário base, com incidência do mesmo percentual na cesta básica e no abono complementar.

Além de ser um reajuste claramente insuficiente, que não cobre sequer a inflação acumulada, o valor seria pago de forma parcelada: 2,2% em maio e 2,2% em novembro. O problema se agrava ainda mais, pois a parcela de novembro não teria efeito retroativo sobre os meses de junho a outubro.

Segundo o sindicato, o prefeito Gilvan (PSDB) encaminhou a proposta no mesmo dia da assembleia, dificultando a análise prévia e atrasando a resposta da entidade. A ação é vista como uma tentativa deliberada de desmobilizar a categoria, especialmente diante da expectativa de que um acordo fosse fechado até 29 de abril, respeitando a data-base dos servidores.

Um Reajuste Patético

Embora o reajuste incida sobre o salário base e benefícios, o impacto prático é mínimo e desrespeitoso com a realidade dos trabalhadores. Como os salários variam entre categorias, destacamos os valores de benefícios que abrangem a maioria dos servidores:

BenefícioValor AtualCom Reajuste de 4,4%
Cesta BásicaR$ 313,50R$ 327,30
Abono ComplementarR$ 244,86R$ 255,63

O aumento total nesses benefícios é de apenas R$ 24,77. Com esse valor, o servidor não consegue sequer arcar com um item básico do supermercado. Isso não é reajuste — é manutenção da precariedade.

O Caso do Professor Iniciante: Desvalorização Escancarada

Um professor em início de carreira atualmente recebe um salário base de R$ 3.931,50. Com o reajuste de 4,4%, passaria para R$ 4.104,48 — um aumento de R$ 172,98. Somando os benefícios, o reajuste total chega a R$ 197,75.

Considerando o parcelamento, o servidor só perceberia esse valor integralmente no fim do ano. E, com os descontos obrigatórios de 14% de previdência e 4% de assistência médica, o ganho líquido cai para cerca de R$ 162,15 mensais — o que é insuficiente, desproporcional e injusto diante da realidade inflacionária.

Paralisação Confirmada para 29 de Abril

A proposta foi colocada em votação durante a assembleia e rejeitada por unanimidade pelos trabalhadores. Foi deliberada, então, a primeira paralisação no dia 29 de abril (terça-feira), com ato marcado para as 15h em frente à Câmara Municipal, aproveitando o único dia da semana em que os vereadores atuam presencialmente.

Os servidores reivindicam um reajuste de 16,14%, valor que considera a recomposição inflacionária acumulada.

A mesa de negociação segue aberta, e os funcionários aguardam uma nova proposta do governo ainda no dia 29/04. Caso não haja avanço significativo, a possibilidade de greve geral está colocada.

Sair da versão mobile