Antes mesmo do pronunciamento do governador a globo já tinha o plano de retorno às aulas do Governo do Estado de São Paulo, e não fiquei muito impressionado quando falaram que volta em setembro, mais precisamente em 8 de setembro, na verdade eu até pensei que voltaria antes por conta da alta pressão das escolas particulares, em enquetes feitas nos grupos a opinião popular previa realmente que as aulas presenciais iam voltar em 2020, você pode acompanhar como foi a opinião na íntegra no meu post volta às aulas é iminente.
O Governo do Estado de São Paulo anunciou um retorno gradual das aulas presenciais, começando com 35% dos alunos na etapa 1, 70% na etapa 2, e 100% na etapa 3. Vale observar que é o retorno total desde a creche até a universidade. O retorno gradual irá afastar as pessoas em grupo de risco, ou seja, praticamente mais da metade do quadro de magistério, já podemos presumir o retorno das aulas vagas.
Outra observação a fazer é que mesmo voltando com 35% na teoria, na prática vai voltar muito mais que isso, como convencer as pessoas em levar o filho(a) à escola no dia correto?
Condições para o retorno
O retorno prevê o distanciamento de 1,5 m como se fosse possível em escolas pequenas com salas de aula com 40 alunos, as aulas com 35% dos alunos matriculados (digo matriculados e não a capacidade da escola, pois as escolas são poucas e lotadas) fará com que a sala de aula tenha 15 alunos em sala, o que seria o correto para um professor lecionar com alto rendimento e não 40 alunos com rendimento decline.
Há a previsão da sanitização do ambiente que seria promover a ventilação e a sanitização tempestiva do ambiente, ora nas escolas não há nem o papel higiênico, quem dirá álcool em gel para todos. Não tem também funcionários de limpeza suficiente, uma escola que necessita de 8 agentes de limpeza tem 2, ao invés do governo providenciar o funcionamento da escola com funcionários, quer retornar sem funcionários. É querer precipitar a volta as aulas dentro da precariedade escolar, conforme observo essa volta às aulas é para justificar a abertura da escola particular, provavelmente a partir de outubro a escola pública ficará a Deus dará.
A Unidade Escolar ficará responsável pelo monitoramento dos casos, isso é o verdadeiro absurdo, não médicos, enfermeiros e nem técnicos em enfermagem nas escolas, entre as medidas está a orientação dos profissionais em orientar os pais a medirem a temperatura dos filhos antes de deixá-los na escola, a maioria na comunidade não tem condições de comprar esse equipamento, aliás os vendedores de Termômetro Infravermelho Laser agradecem a situação.
É engraçado que esse retorno foi baseado em países como Alemanha, França, Dinamarca e Holanda, países que realmente tiveram isolamento social, no Brasil tivemos aglomerações discretas e máscaras no queixo, e sem falar que não estamos saindo da situação critica, aliás estamos numa crescente ainda dos casos, conforme dito retorno precipitado. E vamos ver como vai funcionar isso, são quase 14 milhões de estudantes, Deus ajude nossas crianças e adolescentes.
Concursos Públicos
Depois desse pronunciamento se o governo Estadual e também o Municipal não começarem a nomear seus concursados é o total no sense ou a total irresponsabilidade governamental, sobretudo se não tiver contratos na pasta da Educação. Os grupos de risco não poderão retornar, então esses já não vão trabalhar, e temos também um alto número de vacância nos cargos de Agente de Organização Escolar (Estado) e Auxiliar Técnico de Educação (Município), o primeiro aguardando a segunda chamada de candidatos e efetivos e o segundo aguardando a homologação do certame, e claro, não podemos esquecer dos contratos de professores, pois caso contrário será o retorno das aulas vagas presenciais.
As provas devem voltar a partir de setembro nos concursos em aberto, acredito que com mesma medida de 35% de capacidade nas escolas, vamos a um exemplo, se a Vunesp tinha numa escola a previsão de 500 candidatos fazendo a prova, vai ter por lá 125, qual seria a solução para todo mundo fazer a prova no mesmo dia? A solução mais fácil é alugar mais escolas. Entre os concursos aguardando provas temos, Prefeitura de Mauá e Prefeitura de Guarulhos. Claro que haverá um grande medo por parte dos candidatos e isso acarretará em um número grande de abstenção, podendo chegar a 50%.