Os novos concurseiros que todo ano aparecem, afinal as pessoas vão envelhecendo, o bebê vira criança que vira adolescente que vira adulto, e os novos adultos ganham com a idade a responsabilidade de ser maior e obrigatoriedade de trabalhar para se sustentar, afinal os pais não duram para sempre e também o ser humano precisa crescer. Não é mais incomum jovens com 18, 19 anos procurarem no funcionalismo público uma oportunidade de emprego, foi-se o tempo que ser funcionário público era sinônimo de pessoa já próxima da aposentadoria, ou pessoas acima dos 40 anos que não tinham outras oportunidades de emprego, atualmente o número que jovens que prestam concurso público é assustadora. Muito reflexo da falta de emprego e oportunidade, pois as poucas empresas que ainda contratam pedem experiência profissional, isso exclui o jovem, não admitem nas publicidades, porém discriminam pessoas acima dos 40 anos.

Por essas e outras, temos cada vez mais pessoas tentando uma oportunidade em cargo público, seja o jovem inexperiente, seja o homem ou mulher de meia idade descriminalizada pelas empresas privadas, e olha que no caso dessas pessoas com “mais idade” nem estamos falando de pessoas que passaram dos 60, são pessoas que passaram dos 40, ou seja, no auge da idade, pelo menos até os 55 anos a pessoa ainda é muito produtiva. Mas em fim e os concursos públicos, vão durar pra sempre ou não?

De 2017 para cá quando Michel Temer assumiu a presidência através de um golpe a vida do concurseiro ficou complicadíssima, o “vampirão” como assim conhecido o ex presidente Michel Temer implementou um teto de gastos para a administração pública, a União, os Estados e os Municípios, além de se preocuparem com a Lei de responsabilidade fiscal, agora tem que se limitar a um teto que não permite gastar até um valor X, o que é engraçado, pois você tem um valor fixado de gastos como se a receita anual do Estado não fosse aleatória, ora vai ter ano que o Estado arrecada mais. Por conta desse teto de gastos os concursos começaram, cada vez mais terem seus editais com poucas vagas, até para o município não passar desse teto, ele fica de olho em duas coisas, responsabilidade fiscal, ele não poderá gastar mais que 54% do seu orçamento em pagamento de folha, e ainda tem o raios do teto, que limite os gastos num patamar tão baixo que para a prefeitura se sustentar ela tem que trabalhar com menos funcionários que as suas legislações permitem, e que seus departamentos de finanças já calcularam. Ou seja, esse teto de gastos foi criado só para o serviço público ficar pior do que já era.

E para complicar mais ainda a vida do concurseiro, elegeram o Bolsonaro, este que teve apoio dos cursinhos preparatórios para concursos públicos que estão falindo, cada vez mais eu vejo professores de eram dessas empresas trabalhando autonomamente no Youtube, ou seja, a empresa de cursinhos está secando sua fonte, por conta dela mesma que apoiou o Bolsonaro, mas não pelo Bolsonaro isso acontece, o problema é ministro da economia dele Paulo Guedes, e esses empresários donos de cursinho preparatório sabiam que Guedes é um neoliberal conservador que faria várias reformas, inclusive a administrativa que vem para &%¨$ com os concursos públicos.

Mas mesmo com tudo isso acontecendo não há como acabar com os concursos públicos, pois é necessário ter um Estado funcionando, se eles acabarem com o Estado de onde vão roubar? E a questão das vagas no setor público, mesmo que não haja mais o crescimento da máquina pública através da criação de cargos, fato que no Estado de São Paulo já não acontece mais, o funcionalismo público no Estado de São Paulo já é consolidado, claro que é necessário um aumento baixo de cargos aqui e ali, mas por exemplo, criar novos cargos não há necessidade. Então mesmo no Estado de São Paulo que a máquina pública não tem mais pra aonde crescer, surgem vagas pelo ciclo natural do funcionalismo, que são as vacâncias, alguém passa em outro concurso pede exoneração gera vacância, alguém se aposenta, vacância, infelizmente alguém morre, gera vacância, e essas vacância a depender do cargo surgem todos os meses, nos cargos de nível médio a rotatividade sempre foi alta, por conta do número de exonerações a pedido, a pessoa arruma um cargo de nível superior, por exemplo, e pede a exonerações. Exonerações e aposentadorias são os que geram mais cargos vagos no funcionalismo. E não há o que ser discutido, para suprir vacância o Estado ou a prefeitura tem que ter esse dinheiro, pois na época que criam o quadro de cargos isso já foi calculado, o que acontece muito é politico picareta inventar desculpas para não nomear e roubar esse dinheiro que sobra da arrecadação pública anual repare ARRECADAÇÃO PÚBLICA, ou seja, dinheiro gerado através de impostos, dinheiro do povo.

Independente do que vem a acontecer, os concursos públicos vão sempre existir, mas devemos ficar atentos e protestar quando necessário para não permitir que tirem a estabilidade do funcionário público, pois se isso acontecer não compensa trabalhar no funcionalismo, ele paga um pouco menos que a iniciativa privada, mas tem a vantagem da estabilidade, sem esse isso, não há porquê ser funcionário público, a não ser que não lhe sobre outra alternativa, porém é entrar e ter a certeza que vai sair rápido sem direito a indenização alguma.

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