Funcionário Público que recebeu auxílio emergencial vai ter que devolver
Recentemente foi lançada uma matéria dizendo que quase 8 mil funcionários públicos receberam o auxílio emergencial de R$ 600,00 reais, saiu no G1, depois dá uma conferida lá para se informar melhor.
A princípio alguém pode pensar; “esses funcionários deveriam pagar o valor dobrado, solicitando dinheiro sem necessidade…”, este é um pensamento preconceituoso em sem qualquer análise crítica, o cidadão pensa com o estômago e fala isso. É verdade que algum funcionário solicitou sem necessidade, porém é também verdade que algum, ou alguns servidores públicos receberam o auxílio sem solicitar, por conta do cadastro único.
Os sistemas de informação do Governo em geral não são interagidos, vamos supor que uma pessoa morre, no município que ela morreu é registrado no sistema uma certidão do óbito, mas parece que vira uma espécie de arquivo, os sistemas bancários não ficam sabendo, a previdência social não fica sabendo, entre outros órgãos, é como se a informação ficasse restrita ao município, um processo arquivado e não é assim que deve ser, o governo tem que investir num banco de dados geral e integralizado.
Vamos analisar o caso dos funcionários dos R$ 600,00, quando uma pessoa ingressa no serviço público é necessário ter um sistema que informe isso, com o RG e CPF da pessoa a identifica como servidor público e o extingue de todos os sistemas assistencialistas governamentais (se bem que se o funcionário público for um auxiliar administrativo ou um reles AOE, talvez necessite do auxílio), entretanto isso não acontece, novamente entra no arquivamento local, o município fica sabendo que o cidadão é servidor público, mas outros órgãos não, Estado, União, e também ocorre o contrário, a pessoa entra para o funcionalismo através do Estado ou União e o município não sabe, em suma as três esferas públicas não cruzam muitos dados.
Conheço pessoas que antes de serem servidores públicos recebiam auxilio do governo, porém quando entraram no funcionalismo pararam de receber, e agora com o episódio da pandemia, acabaram recebendo 600 reais sem mesmo solicitar. O que acontece, a pessoa se torna servidor público deixa de receber o auxílio no município em que reside e a informação no CadUnico não é atualizada, de novo entra na questão da falta de cruzamento de dados, e para o Governo Federal continua como uma pessoa necessitada e que está recebendo recursos (talvez isso explique as fraudes no Bolsa Família) e quando vem a ajuda dos R$ 600,00, pimba! Cai automaticamente em alguma conta bancária do cidadão, normalmente a própria Conta Corrente do funcionário.
Por muitas vezes é necessário avaliar as diversas possibilidades, e por se tratar de sistema de sistemas de pagamentos baseados em dados pode ser muito comum os erros, quando temos um sistema de informação tão fragilizado, o Brasil não investe em tecnologia da informação e quer que funcione, agora mesmo na quarentena, quantas e quantas vezes a conexão fica ruim, fica fraca, cai e não volta, tudo isso é falta de investimento em infraestrutura informatizada, tem lugar que não tem nem telefone, tem internet de 1 mega, entre outras aberrações modernas.
Não devemos crucificar o funcionário público, ultimamente muito se tem falado que a culpa do Governo ir mal é o salário de servidor público, e que tem que enxugar a máquina, para sobrar mais dinheiro, sobrar mais dinheiro para o que meu Deus do céu, se você tem uma máquina pública enxuta (mais enxuta do que já é) o governo vai usar o dinheiro em que se não existe mais assistencialismo? Há muitos bolsos e capitalistas financeiros interessados no enxugamento do orçamento público, quando falo de capitalista não estou falando de quem investe 500 reais por mês nas ações da bolsa, estamos falando de 500.000 mensais na bolsa, esses sim têm motivos para que não exista estado, afinal ele não precisa de nenhum serviço estatal.
Portanto, não se deixe enganar, esse dinheiro pago aos funcionários públicos indevidamente em 70% dos casos foi erro do sistema do auxílio emergencial que se mostrou um verdadeiro cocô desde o início.
Como devolver o dinheiro
A quem recebeu o auxílio existem duas maneiras de resolver isso; aguardar ser notificado ou já devolver agora.
Para o primeiro caso; servidor será notificado pelo RH responsável pela repartição, então cedo ou tarde o seu chefe, ou chefe dos recursos humanos vai lhe encaminhar uma notificação do ocorrido, caso você não tenha solicitado o dinheiro é só responder que não solicitou e pagar as parcelas que retirou, por exemplo, se tiver pego três parcelas vai precisar devolver R$ 1.800,00 de uma só vez, neste caso tem que paga o valor completo, não da pra parcelar, se recebeu duas R$ 1.200,00 e assim por diante.
Para o segundo caso; há a possibilidade de devolver o dinheiro agora mesmo, basta acessar o site do ministério da cidadania neste link aqui https://devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br/devolucao , digitar seu CPF, automaticamente o sistema vai identificar quantas parcelas você recebeu, escolha onde pretende pagar, tem a opção Banco do Brasil e opção qualquer banco, depois disso clica em emitir GRU (Guia de recolhimento da União) e imprimir o boleto, depois é só paga o boleto, e o mais importante paga e tira cópia do comprovante de pagamento, provavelmente você vai precisar dele depois.
Espero que tenha lhe ajudado, e para descontrair um pouco; “alegria de pobre dura pouco”. É brincadeira, vai dar tudo certo, qualquer dúvida me manda um e-mail para contato
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