Durante essa semana que passou a CGRH da SEDUC-SP começou a fazer uma manobra bem esquisita, mas que tinha sido prevista no comunicado externo CHRH 2020 número 143 que prevê a transferência temporária de Agentes de Organização Escolar para outras unidades escolares, a fim de equilibrar o número de AOEs nas escolas, dando uma falsa impressão que existem funcionários em todas as escolas, porém esse equilíbrio fará com cada AOE trabalhe por 2, haja visto que o déficit de funcionários está, aproximadamente, em 40% do quadro.

Aconteceu os primeiros passos dessa transferência na Sul 3, e o que chama a atenção e que também era previsível, é que as escolas escolhidas para essa transferência são as escolas de Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental I + EJA ou a que tenha os três ciclos, porém sempre uma escola com Fundamental I, o Fund I é contemplado com os anos iniciais do ensino fundamental, 1º ao 5º ano. Aparentemente nessas escolas o quadro está mais próximo do completo, ou está, realmente, completo. Eu nunca trabalhei em escolas de Fund I como AOE, mas o que sempre me disseram é que é muito melhor de trabalhar do que escola com Fund II e Médio, estas últimas marcadas pela violência e o consumo de drogas dentro da unidade.

Importante observar que a transferência não é compulsória, ainda, nesse primeiro momento o funcionário terá a decisão final, porém se os diretores começarem a ter dificuldades em convencer seus funcionários de se transferirem, é possível, agora falo em possibilidades, não estou afirmando nada, que haja uma alteração no comunicado tornando a transferência compulsória, pois para o Governo só vai compensar transferir da Fund I para Fund II e Médio, pois estas últimas já trabalham com desfalque e não tem como elas de subdividem, aliás elas podem socorro.

Portanto se você trabalha em escola com Fundamental I + EJA ou Fundamental I apenas, é bom colocar as barbas de molho, porquanto essa solicitação pode chegar em você ou em algum colega seu. Para mim parece ser muito claro e objetivo que a Secretaria de Educação quer a qualquer custo essas transferências, para se segurar sacrificando seus funcionários, cada um trabalhando por dois, enganando a população e não fazendo nomeações, temos atualmente cerca de 14.500 cargos vagos, se continuar assim não há manobra que resolva.

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