O clima hoje nos grupos de Auxiliares Técnicos de Educação é de revolta, sobretudo para as pessoas que se encontram desempregadas e aguardam a chamada do concurso, pois há o entendimento que Bruno Covas pode querer ficar enrolando com esse concurso e se segurar com os contratos temporários, o que é bem verdade, o padrinho do Covas, o Doria, faz isso com frequência, não chama do concurso e fica colocando nos cargos efetivos, funcionários temporários.

O que mais chamou a atenção foi a quantidade de votos dos pobres que o Covas teve, várias comunidades carentes da zona norte e zona leste de São Paulo votando no opressor, fica muito difícil compreender como o pobre vota na direita, atualmente o Brasil vive a onda do conservadorismo e neoliberalismo, o cidadão trabalha como Uber, trabalha no Ifood, entre outros, sem vínculo algum e caso sofra algum acidente é ele quem vai sofrer as consequências, e acredita que assim está bom demais, e que votar em partidos de esquerda pode ser perigoso, até porque a esquerda provavelmente vai querer regulamentar esse trabalho e o cidadão não quer, prefere trabalhar sem nenhum direito mesmo.

Vamos voltar ao concurso de ATE, temos atualmente uma suposta autorização de nomeação de 1.109 Auxiliares Técnicos de Educação, e também nomeação de coordenadores, entretanto já podemos falar em suposição, pois durante a campanha ficou explicito que nem sempre o PSDB e Bruno Covas trabalham com a verdade, ou com a honestidade, até que ponto podemos confiar ou não no que o governo deles diz? Nos parece que nem mesmo essa autorização é real, o processo SEI misteriosamente parou de avançar, e existe um concurso com etapa parecida que parou no processo SEI, o concurso de AGPP que o SEI começou a andar e parou em março e nunca mais retornou, pelo menos até o momento.

Bruno Covas teve 60% dos votos a seu favor, mesmo com uma abstenção de eleitores gigantesca em São Paulo, 30%, ainda assim essa diferença para o seu adversário pode ser o suficiente para Covas se legitimar, o que quero dizer com isso é que na mente dele pode acontecer o sentimento de grande poder, uma vez que a preferência por sua pessoa e seu governo é alta. Com isso ele pode querer fazer as politicas de terceirização dele sem se preocupar com o antagonismo, afinal, teve 60% de votos, inclusive dos pobres, talvez ele pode pensar “não vou nomear em 2021, só em 2022, afinal quem vai reclamar comigo?” se tivéssemos uma diferença curta, seria provável seu receio em fazer politicas absurdas, mas aconteceu o inverso.

O maior risco das nomeações no momento é Covas fazer tal qual como Doria, mesmo com aprovados em concurso público homologado, procura brechas nas leis ou nas situações para burlar o concurso público, como por exemplo, a pandemia, ela vem sendo usada como uma muleta de desculpas para Doria incrementar as piores maldades, desde não nomear ninguém para controlar os gastos públicos, uma vez que a situação solicita o contrário, até mesmo a contratação de temporários no lugar dos efetivos aprovados em concurso público. Ao meu ver o grande risco que teremos em 2021 será a farra dos contratos, eu já não acredito mais que saiam nomeações em 2021, adoraria estar enganado, mas não consigo ser otimista com o atual quadro e de maneira com que Covas venceu.

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